Antigamente, ter um rosto perfeito e simétrico era resultado apenas de um bom DNA ou de mãos de um cirurgião plástico. Claro que o código genético ainda tem um papel fundamental, mas as técnicas realizadas em consultórios vem ganhando o coração das pessoas pois além de serem pouco invasivas quando em comparação com as cirurgias plásticas hospitalares, ainda diminuem os riscos e o tempo de recuperação do paciente.
A harmonização orofacial se destacou entre tantos outros procedimentos e tem como conceito a aplicação de toxina botulínica e ácido hialurônico para criar uma sincronia estética entre os dentes, pele, nariz, olhos, maxila, lábios, sobrancelhas e todas as estruturas que compõem a identidade dos seres humanos.
Embora a promessa seja proporcionar uma face harmônica, existem sim casos extremos em que o rosto já não possui mais tanta naturalidade e se torna exagerado e artificial. Isso ocorre principalmente no mundo dos famosos, onde personalidades como Kim Kardashian e Anitta já foram muito criticadas por exagerar nos procedimentos estéticos.
Devido a influência de blogueiras e famosas do mundo todo, o preenchimento labial é o procedimento mais procurado entre todos. Atrizes como Cleo Pires e Gisele Bündchen já recorrem a esta técnica. Mas será que era mesmo necessário? Será que mulheres tão bonitas naturalmente precisam de ajustes? Na era das selfies, somos levados a acreditar que todos possuem corpos perfeitos e vivem vidas perfeitas. Isso influencia e muito na necessidade de se sentir sempre bela.
Uma pesquisa da própria Allergan com entrevistados em dezoito países ajuda a entender a relação entre o desejo de um rosto perfeito e as redes sociais. O levantamento revela que os millennials já não questionam se devem fazer um procedimento estético — a única questão é quando realizar essa intervenção. Outro dado curioso: dos que pensam em aperfeiçoar suas formas, 42% usam apps para modificar a própria imagem.
Revista Veja 2019
A mulheres são sim, grande maioria dentro das clínicas, mas os homens também estão aderindo a harmonização orofacial. Deixar o rosto mais masculino, com queixo e maxilares mais protuberantes são o grande pedido deles.
Apesar das fotos de antes e depois mostrarem uma grande diferença, muitos famosos negam terem feito algum tipo de procedimento estético. Acredito que cada um faz o que quiser com a sua vida, esse não é o problema maior. O que eu realmente quero ressaltar aqui é a dismorfia nas redes sociais.
Sim, um filtro no Instagram pode dizer mais do que você imagina. A distorção da maneira como nos vemos é algo que atinge muita gente. O desejo de ser uma versão melhorada de si mesma, através do uso de filtros e aplicativos de retoque, altera a aparência para um modelo surreal e muitas vezes inatingível.
Isso, segundo estudos recentes pode precipitar depressão e prejudicar os relacionamentos devido ao fato da pessoa achar que está melhor representada no meio digital do que pessoalmente.
Quanto aos “retoques” necessários, existem diversos procedimentos capazes de corrigir assimetrias, melhorar a textura da pele, combater a flacidez e “refazer” alguns contornos!
Mas, sejamos sinceros e transparentes, um filtrozinho de vez em quando cai bem, até por que ninguém é de ferro. Mas o exagero pode sim ser perigoso, fiquem atentos!
Precisamos entender nossa beleza original e valorizá-la.
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Até breve!
Dr Vítor Erlacher
